Financiamento pelo Minha Casa, Minha Vida precisa ter o nome limpo?
Por meio do Minha Casa, Minha Vida é possível financiar a compra de uma casa ou apartamento mesmo com o nome sujo, porém tal regra só é válida para as famílias de baixa renda, pois estas têm até 96% do imóvel subsidiado pelo Governo Federal. Na matéria de hoje explicaremos melhor como funciona o financiamento imobiliário com restrições nos órgãos de proteção ao crédito e para quem ele é válido.
Antes de mais nada precisamos deixar claro que não são todas as famílias que podem financiar um imóvel com o nome sujo, isso porque a regra para o financiamento por meio do MCMV muda conforme a renda do interessado. Para explicarmos melhor isso vamos dividir abaixo em dois grupos, o primeiro é o das famílias que ganham até R$1,6 mil e o segundo é das que ganham acima desse valor.
Quem pode financiar mesmo com o nome sujo As famílias cuja renda familiar bruta seja de até R$ 1,6 mil pertencem a faixa I (um) do programa Minha Casa, Minha Vida, que oferece mais vantagens para viabilizar o financiamento. Este grupo é considerado de interesse social, pois normalmente são selecionadas as famílias que moram em áreas de risco ou que são de vulnerabilidade social.
As famílias da primeira faixa podem financiar mesmo com o nome sujo, pois o governo chega a subsidiar até 96% do imóvel para essas famílias, pois a prestação é calculada conforme a renda do interessado, sendo de R$25,00 a no máximo R$80,00 por mês, todo o valor restante é pago pelo governo. A duração do financiamento também é diferenciada, ela possui apenas 120 meses (10 anos). Fazendo um cálculo bem simples, uma família cuja prestação seja de R$80,00 pagaria ao final do financiamento R$ 9,6 mil, algo impossível de se conseguir se não fosse a ajuda do governo.
Conclusão: As famílias de baixa renda não passam por análise de risco, pois a maior parte do financiamento é bancada por meio de subsídio do programa Minha Casa, Minha Vida, dessa forma não há risco para a instituição financiadora (Caixa ou Banco do Brasil).
Quem não pode financiar com o nome sujo As famílias cuja renda seja acima de R$ 1,6 mil já não se enquadram mais na primeira faixa do programa Minha Casa, Minha Vida, elas podem pertencer a faixa II ou III, cujo benefício é menor. Para se ter uma ideia o valor máximo do subsídio é de R$ 25 mil, sendo que ele ainda é calculado de acordo com a renda e o valor do imóvel.
Para esse grupo (II e III) a Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil precisa fazer uma análise de risco, pois apesar do subsídio o beneficiário precisará assumir um financiamento de em média 360 meses (30 anos). Portanto é preciso realizar a análise de risco para avaliar a capacidade de pagamento, dessa forma o responsável pelo financiamento não pode ter o nome incluído nos órgãos de proteção ao crédito (nome sujo).
Conclusão
Conclui-se que as famílias de baixa renda (que ganham até R$ 1,6 mil) não precisam ter o nome limpo pois são enquadradas em um grupo especial (faixa I) que é considerada de interesse social pelo governo. Já as famílias que ganham acima de R$ 1,6 mil não podem ter o nome sujo, pois passaram por análise de crédito no momento da análise do financiamento.