Minha Casa Minha Vida é estendido para todas as cidades do Brasil

O Governo Federal cedeu aos interesses das construtoras e ampliou consideravelmente a renda máxima de atendimento do programa Minha Casa Minha Vida, que agora atende famílias com renda de até R$ 9 mil, ante R$ 6,5 mil. A novidade deve gerar ânimo para a indústria da construção civil, pois vai aumentar o público-alvo. A principal vantagem do MCMV são as condições facilitadas como: juros reduzidos e subsídios (dependendo da renda familiar bruta).

Os mais “ricos” não terão subsídio do Governo Federal, mas em troca terão juros reduzidos e condições facilitadas para realizar o sonho da casa própria.

A expectativa anterior era de que o Estado lançasse uma quarta faixa de atendimento, em vez disso ele ampliou a renda máxima da faixa já existente, a faixa 3 passou a atender famílias com renda de até R$ 9 mil, em vez R$ 6,5 mil.

Os juros do Minha Casa Minha Vida variam conforme a renda e o valor do imóvel, quanto menor a renda, maior é o subsídio do governo e menor é a taxa de juros – que pode ser nula ou chegar a próximo de 9,5% ao ano.

A grande questão é se o Governo conseguirá atender mais famílias, visto que a demanda habitacional é muito grande, sobretudo nas faixas que atendem famílias de baixa renda.

A ampliação da renda de atendimento talvez seja um motor para a economia, mas, certamente, não ajudará reduzir o déficit habitacional na faixa que mais precisa: que são as famílias que ganham até três salários-mínimos.

Vivendo no Brasil quem ganha R$ 9 mil certamente não se considera rico devido a inflação desse país e ao custo de vida alto, mas, sejamos realistas, uma parcela mínima da população brasileira consegue ganhar R$ 9 mil por mês. Essa é a dura e triste realidade desse país.

A meta é contratar em 2017 cerca de 650 mil unidades habitacionais, nesse número está incluído todas as faixas, ou seja, faixa 1, 1,5, 2 e 3. Espero que as famílias não se enganem com esse número, pois o MCMV está entregando cada vez menos moradias para baixa renda, os imóveis com subsídio do Governo Federal estão cada vez mais escassos.