50% das unidades do Minha Casa têm falhas de construção
Qualidade dos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida é alvo de fiscalização do Ministério da Transparência e revela que 48,9% das moradias têm problemas estruturais.
Uma pesquisa de fiscalização do Ministério da Transparência revelou que a qualidade dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida – sobretudo dos imóveis para baixa renda – é duvidosa, fiscais descobriram que cerca de 48,9% dos imóveis da faixa 1, aquela que contempla famílias de baixa renda, apresentam algum problema estrutural ou incompatibilidade em relação ao projeto original. De um total de 688 empreendimentos, em 336 – que concentram 93 mil unidades – tiveram alguma falha de execução o que, sem dúvida, afeta a qualidade das moradias. A fiscalização visitou apenas imóveis da FAIXA 1 que foram construídos entre 2011 e 2014.
A Caixa Econômica Federal criou o programa Dê Olho na Qualidade que permite que os beneficiários denunciem problemas nos imóveis do Minha Casa, Minha Vida para que a construtora seja acionada e solucione o problema, visto que todos os imóveis do MCMV possuem garantia de, no mínimo, 5 anos.
Problemas encontrados pelos fiscais do Ministério da Transparência:
Tricas e fissuras fora da normalidade (30,8%)
Infiltração (29%);
Vazamentos (17,6%);
Cobertura (12,3%);
As falhas apontadas não são excludentes, isto é, vários imóveis tiveram mais de um problema. Pelo levantamento o Ministério da Transparência concluiu que 48,9% das casas e apartamentos para baixa renda do Minha Casa Minha Vida possuem falhas estruturais.
Alguns empreendimentos também tinham problemas estruturais que dificultavam o abastecimento, falhas de engenharia.
Com o programa Dê Olho na Qualidade da Caixa Econômica Federal (CEF), a construtora que não mantiver um padrão de qualidade corre o risco de ser banida do Minha Casa, Minha Vida e, consequentemente, ser impede de participar de novos empreendimentos habitacionais.
É fundamental que as famílias denunciem essas irregularidades. Infelizmente muita gente acha que por um imóvel ter uma parcela irrisória ele é de graça e que a família deve se contentar. O imóvel popular é pago por meio de financiamento e conta com até 95% de subsídio da União. Um imóvel popular custa, em média, R$ 76 mil para os cofres públicos.