Caixa encerra linha de financiamento pró-cotista do FGTS
A Caixa Econômica Federal (CEF) encerrou a linha de crédito imobiliário pró-cotista do FGTS, o motivo seria a falta de recursos para novos financiamentos. Quem vai, hoje, na CEF é direcionado para outras linhas de financiamento, cuja taxa de juros é maior e o percentual financiável do imóvel, menor. Na linha pró-cotista do FGTS era possível financiar até 85% do valor do imóvel, além disso, a taxa de juros ficava entre 7,85% e 8,85% ao ano, com prazo máximo de financiamento de 360 meses (trinta anos).
O encerramento da linha de financiamento imobiliário pegou de surpresa muitos consumidores que já estavam com toda a papelada pronta para o financiamento. É o caso do professor Ricardo Nunes, ele já teve o crédito aprovado, bastando apenas comparecer a agência para assinatura do contrato. Com a suspensão por falta de recursos, quem assinou conseguiu completar o financiamento, aqueles que não conseguiram realizar a assinatura antes do fechamento serão direcionados a outras linhas de financiamentos.
Com o encerramento da linha pró-cotista o valor da entrada pode ser até 3,5 vezes maior, passando de 15% para 50% – dependendo da linha de crédito – o que, sem dúvida, dificulta a aquisição de novos imóveis, principalmente se for usado.
COMO ERA O PRÓ-COTISTA FGTS A linha de financiamento pró-cotista do FGTS era exclusiva para cotistas ativos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, ela permitia o financiamento de até 85% do valor do imóvel em até 30 anos, sendo assim o valor da entrada era de, apenas, 15% do valor do imóvel (ante 50% de outras linhas de crédito). Os juros ficavam entre 7,85% e 8,85% ao ano, sendo negociável com a instituição financeira.
Para ter acesso ao crédito era preciso ser aprovado na análise de crédito e ter: conta ativa no FGTS; pelo menos 36 contribuições no fundo (seguidas ou intercaladas). Caso a conta não tivesse ativa era exigido que o saldo fosse de, pelo menos, 10% do valor do imóvel ou da escritura (aquele que tiver o maior valor).
O banco estatal limitou-se a dizer que a linha pró-cotista possui recursos limitados. Até que haja a suplementação dos recursos a Caixa Econômica Federal não está autorizando o trâmite de novos contratos. A instituição ressaltou ainda que outras linhas de crédito imobiliário estão funcionando normalmente.